Gosto de acreditar nas coisas simples que me fazem sorrir como carícias...
Gosto do que permanece num final de tarde de Verão, o sol e o mar abraçados numa brisa quente...
Gosto da dança dos dedos enrolando os cabelos que se fazem espuma...
Gosto da minha criança cúmplice dos cheiros e das cores e da música tão rente à vida...
E destas mãos que trago, abertas sempre ao azul...
Estas mãos que afagam, abraçam, acolhem e percorrem teclas ou páginas...
As mesmas mãos que choram quando acaba o Verão...
As mãos simples de uma criança...
Um pequeno fio de água que se recusa a ser mar...
terça-feira, 25 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
É Hoje!
É hoje que os abraços não são demais e a força fraqueja.
É hoje que chamo amigo a quem comigo estiver.
É hoje. Porque amanhã é sempre tarde demais.
É hoje que chamo amigo a quem comigo estiver.
É hoje. Porque amanhã é sempre tarde demais.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Não posso amar-te mais
Não posso amar-te mais.
Aqui estou, rodeada de soluços calados, perguntas, sangue e insónias. E medo.
Com esta ternura surda dentro de mim e o coração na boca, perto do mar dos meus olhos.
Não posso amar-te mais.
Acordo e adormeço todos os dias em ti.
Passo o dia a varrer as nuvens que te rodeiam.
E quando chega a noite transformo em prece o desejo de te ver sorrir e livre.
És tu, marinheiro de águas selvagens, o herói deste navio onde embarcamos.
Pego-te ao colo, devagarinho... muito devagarinho...e conto-te coisas de amor.
De esperança. De cores.
E sorrimos um no outro. Eu sei.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O amor não é massacrar, pressionar, desconfiar, perseguir, maltratar, acusar, rebaixar, magoar, ofender, manipular, prender, controlar, fazer doer...
É antes esta dança que se sente sem rede, deus ou lei...
São palavras ternas como uma música suave...
É o sol apagado na ausência de quem se ama...
É o querer cuidar, cuidar, cuidar...
É rir das vitórias e chorar com as derrotas...
É pegar ao colo e embalar...
É admirar...
É confiar...
É querer bem, querer bem, querer bem...
É morrer naquela boca...
É dar as mãos e entrar um no outro...
É partilha... é caminho...
É fazer...
É encontro...
São dois seres que um no outro se perfumam...
É beijar os olhos por dentro...
É proteger, proteger, proteger...
É deixar livre...
É ter um peito de lua cheia...
É o céu e nada mais.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011

Calamos o som das palavras e desenhamo-las no silêncio de uma folha branca.
Às vezes, muitas vezes, as letras abraçadas falam das coisas que o peito cala.
E dançam felizes e soltas num espaço livre de papel.
E de vez em quando, muito de vez em quando, acontece fazerem amor ali mesmo.
E nasce um poema.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011

Olhei-te na fotografia porque os meus olhos te precisam. E abracei-te no meu peito que te guarda.
Senti o mar a subir e as ondas a rebentarem nos meus olhos. Que a saudade às vezes doi como um barco naufragado.
Mas o que conta, pai, o que conta apesar de tudo, é que eu sei que tu sabes que estamos vivos um no outro.
domingo, 17 de abril de 2011

- " Desaparece, está bem?" - disse-lhe em tom seco e feroz. E ela não entendeu porque é que num momento passeavam de mãos dadas pelas ruas e no momento seguinte não podia mais sentir aquelas mãos como suas. Não sabia se tinha sido um sonho... ou se estava a acordar de um pesadelo... _ "Olha só para mim, apenas como quem vê. " - disse-lhe. O tapete vermelho trazia recordações de olhos fechados. Como quem acredita. Assim como os girassóis. Que mais ninguém vê e nunca mais alguém verá, mas que são lindos só por se saberem. Sem razão. Só porque sim. Como tu eras. E o que eu via em ti era a tua luz. Que mais ninguém sabe ver. Porque as pessoas são egoístas. E só vêem o que querem ver. E eu via o que tu eras. Nao o que queria ver. Como agora vejo naquilo que te transformaste. E não o que gostaria de ver. Desapareço sim. Mas não antes de te dizer das dunas e do que não pode morrer. Nâo antes de sentir o mar no meu olhar. Não antes de pensar que morrer devia ser assim... contigo na boca.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Sem medos, ressentimentos ou inseguranças.
Perdia-me nesse teu olhar de girassóis como se fosse uma criança
acreditando ainda que o amor pode ser arte e eu artista.
Se eu nascesse outra vez pegava em cada retalho da minha vida
e pintava-os um a um com aguarelas,
lindas, lindas todas elas,
como tu e eu na primavera.
quinta-feira, 31 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011

Existem pessoas tão más, tão más... e que se julgam tão boas, tão boas! Demónios com caras de anjo... que se cruzam connosco, se aproveitam de nós, nos sugam o tutano, nos deitam abaixo e depois seguem as suas vidas como se nada tivessem feito!
Existem mesmo pessoas assim! E é sobre elas que reflicto hoje. Porque também elas têm um importante papel na nossa vida: o de aprendermos a reconhecer o que vale mesmo a pena.
Já não me desiludo. Apenas não me iludo mais.
Beijos a todos e um excelente fim de semana!
terça-feira, 8 de março de 2011

A todos os que me têm demonstrado o seu carinho e amizade, quero agradecer. Muito.
A vida, às vezes, não é mais que uma figura branca deslizando entre os nossos dedos, uma noite que se arrasta ou os cabelos de minha mãe...
Às vezes, muitas vezes, é sangue. Outras, um pequeno mar apenas meu.
Nestes dias, não tenho visto senão conchas mortas num caminho comprido e máu.
Mas como reikiana e outras coisas que sou, agradeço ao meu Deus todos os desafios que me dá, para que com eles aprenda e fortaleça. E no meu Deus me deito e entrego todos os dias.
E é nestas alturas, em que a vida nos abana como pequenas folhas ao vento, que mais pensamos e crescemos.
E um pensamento não me sai da cabeça: como é que é possível que a pessoa que mais amei é precisamente aquela que mais me arrependo de ter cruzado o meu caminho?!
quinta-feira, 3 de março de 2011

Castelos de areia devastados pela fúria do mar...
É a luz do dia que queima em jeito de espada,
e o silêncio da noite que me ensurdece os sentidos...
É tudo, tudo à minha volta chamando a morte devagar...
E é só nos teus lábios que a loucura adormece em paz.
Deita-te comigo e faz que a música, ao menos, continue minha.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Pai...

outras vezes faz cócegas e faz sorrir...
Houve dias em que a saudade chegou embrulhada em lágrimas,
e outros em que me abraçou no teu aroma...
Há dias assim e dias dos outros.
Mas nunca, nunca deixa de viver colada na minha pele.
I love you, Daddy, wherever you are...
sábado, 19 de fevereiro de 2011
19 de Fevereiro
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
AMOR...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
INJUSTIÇA

Se há uma coisa que herdei do meu pai foi o sentido de justiça.
Não tolero a injustiça. Revolta-me.
Ser injusto é ser cruel e mau.
É não ter sentimentos e ser capaz de crucificar impiedosamente e sem razão.
Hitler cometeu uma atroz injustiça ao dizimar milhares de judeus inocentes. E o mundo revoltou-se e uniu-se em aliança para o parar.
Será que apenas nos revoltamos quando são milhares?
Não basta um único Ser Humano ser injustiçado para isso nos causar revolta?
A mim sim. Porque o princípio é o mesmo: a capacidade de crucificar impiedosamente e sem razão. E a crueldade que isso é.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Deixo-vos com um excerto do livro "O teu amanhã é muito longe":
"...Em tempos tive um namorado por quem nutria uma intensa e flamejada paixão. Ligava-nos o mundo dos sonhos, e abraçavamos uma divina loucura onde navegavamos em verdes ondas e onde também naufragámos. Porque as grandes paixões não podem ser eternas. Torna-se impossível viver em constante exaltação dos sentidos, toldados por frenéticas hormonas que nos deixam febris.
Anos depois vieste tu e o mundo parou. Não sei o que aconteceu mas absorveste todo o sentido da Terra. De tal modo que, sem ainda saber muito bem o que aquilo era, perdi-me em ti, agasalhando-me nos teus afagos. Tal como alguém disse, o meu corpo tornou-se pequeno demais para tanta alma e o meu peito deixou de saber lidar com o que albergava. Porque era pequeno demais para aquilo que sentia.
Eu sou uma mulher de paixões. Não entendia nada de amor. Não sabia saborear os afectos com paciência. Com o tempo fui aprendendo a amar. O amor é como um parto. Doi a nascer. E hoje eu amo-te sem apego e longe. Hoje eu amo-te inteiro e livre. Com todos os teus defeitos, injustiças e tiranias. Amo-te, ponto.
Acontece que, quando aprendi a amar, aprendi a amar-me também a mim. E amo-te como nunca amei ninguém, mas amo-me mais a mim. Amo-te mas não és o meu ar. Amo-te mas não posso mais deixar que me magoes e faças mal.
Todos nós esperamos ser amados em igual medida e ninguém se deve contentar com menos.
E por isso, pela primeira vez na minha vida, digo algo que em tempos me disseram e que eu na altura não entendi: "Amo-te tudo, mas não te quero!". Agora entendo...".
Subscrever:
Mensagens (Atom)