sábado, 9 de agosto de 2008



De há tanto tempo caladas, estavam roucas as teclas do meu piano. Como vozes escondidas, silenciadas no peito.

Toquei-lhes ao de leve, quase com medo... responderam sorrindo, contando da saudade de se fazerem ouvir.

Então a casa ficou mais alegre e as crianças riram. Entoando com os olhos cantigas de amor...



Hoje estou feliz. Agora. A esta hora. E é sempre e só assim que se consegue. Não existe SER feliz. Apenas ESTAR. Aqui e ali. Momentos fugazes.
Que ao querermos agarrar tornamos eternos numa memória carinhosa que de vez em quando chega para nos fazer cócegas...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Quero partir... esta não é mais a minha casa.
Sem abrigo,
partirei em busca de uma
cujo chão me embale
e no tecto se desenhem loucas estrelas...



Mãe...
pilar de força,
mural desenhado pela vida...
vaso de nós, flores do campo,
ávidas de sol...
É um tempo leve,
este em que o sal se faz tua boca
e a areia me corre nas veias devagar...