terça-feira, 25 de outubro de 2011

Gosto de acreditar nas coisas simples que me fazem sorrir como carícias...
Gosto do que permanece num final de tarde de Verão, o sol e o mar abraçados numa brisa quente...
Gosto da dança dos dedos enrolando os cabelos que se fazem espuma...
Gosto da minha criança cúmplice dos cheiros e das cores e da música tão rente à vida...
E destas mãos que trago, abertas sempre ao azul...
Estas mãos que afagam, abraçam, acolhem e percorrem teclas ou páginas...
As mesmas mãos que choram quando acaba o Verão...
As mãos simples de uma criança...
Um pequeno fio de água que se recusa a ser mar...

1 comentário:

Miguel disse...

Vocas só quem te conhece bem sabe o que é esse "fio de água que se recusa a ser mar". É a tua maior qualidade a de manteres sempre bem viva dentro de ti a tua criança interior. Ao mesmo tempo é uma defesa também para não fazeres parte do mundo dos adultos que normalmente perdem a ingenuidade e a bondade das crianças.
Como sempre muito bonito. Talvez das melhores coisas que já escreveste.
Beijo,
Miguel