sábado, 3 de abril de 2010

Era uma vez um rei que tinha três filhos.
Quando a filha mais velha atingiu a maioridade, o rei mandou-a sair do Reino em busca de conhecimento e novas realidades. Passado pouco tempo a princesa voltou, montada num belo coche forrado a ouro e diamantes, conduzido por um garboso príncipe que vinha pedir a sua mão em casamento.
O rei, mandou então o seu filho do meio com a mesma missão para fora do castelo. Passado algum tempo o jovem príncipe voltou, montado num robusto e branco corcel, embainhando orgulhoso à cintura uma espada com o selo do Reino.
Chegara a hora de enviar ao mundo a sua pequena princesa por quem ele nutria um carinho especial. Dizia-se no Reino ser a sua filha favorita por encher de cor os seus dias com as suas constantes brincadeiras.
Foi num dia cinzento que o rei viu partir, do alto da torre do castelo, a sua princezinha, deixando rolar dos seus olhos azuis, grossas lágrimas de mar salgado.
Os dias passavam e a princesa não voltava. Todos os dias o rei esperava do alto da torre com os olhos postos no horizonte. A esperança de voltar a ver a princezinha ía-se desvanecendo e a tristeza emudecia a sua boca e tornava brancos os seus cabelos.
Um dia, passado muito tempo, num fim de tarde solarengo, o rei viu um vulto que se aproximava a pé dos muros do castelo.
Embora não acreditasse poder ser a sua filha, o rei desceu rapidamente as longas escadas da torre, correndo ao seu encontro animado por uma esperança adormecida.
Foi quando reconheceu no vulto a pequena princesa, que voltara como tinha partido, mas rodeada de centenas de coloridas borboletas que voavam em seu redor.

3 comentários:

Mag disse...

Este conto está muito bonito... e cada um de nós pode interpretá-lo à sua maneira, que é o que mais gosto!
Para mim significa que a pequena princesa descobriu, melhor que os irmãos, as verdadeiras conquistas na vida. Mas também detecto uma segunda interpretação, mais pessoal...
Beijo grande

Vocas disse...

Qual, bordoto? Que era eu a preferida do avô?... Eheheheheh
Afinal foi ele que me contou a história...
Bjs

Alcides disse...

Muito giro o conto...Beijos