segunda-feira, 19 de julho de 2010

Carta aberta a meu pai...

Hoje é a ti que escrevo, pai.
Carrego uma mão cheia de mágoas.
Abro a mão na tentativa de as soltar ao vento, mas não voam.
Não duvido que me pegas ao colo muitas vezes enquanto durmo e agradeço-te por isso.
Ensinaste-me a amar sem rédeas e aprendi.
Ensinaste-me a confiar nas pessoas e aprendi.
Não me ensinaste porém que as pessoas fazem doer muitas vezes. Aprendo com elas.
Também eu já fiz doer se calhar. Momentos em que não estive à tua altura.
Peço PERDÃO por cada mágoa que causei nesta carta aberta que te escrevo.
Quanto mais tento parecer-me contigo, mais me deixo magoar.
Não importa. Esse é o caminho. Ser cada dia melhor e viver cada vez mais como me ensinaste.
Pega-me hoje ao colo, pai.

4 comentários:

Anónimo disse...

Miúda...o que hei-de dizer?
Que o teu pai te ensinou bem.
Continua sempre a amar assim, de olhos fechados e de peito aberto.
E continua a acreditar nas pessoas, porque também existem boas pessoas.
A dor faz parte.
Mas no fundo, no fundo, quem te magoar é que sai magoado.
Pensa nisto.
Um grande beijo.
Ricardo.

Anónimo disse...

"Amar sem rédeas" que coisa bonita, pequena Vocas!
Quem me dera que alguém me amasse sem rédeas!

Anónimo disse...

Que sentimento enorme, stora!
O seu pai deveria ser um grande homem e a stora está a seguir as suas pisadas. Força! Beijinho, Rita *

Anónimo disse...

Minha querida, conheço-te como ninguém há muitos anos. Como colega, amigo, apaixonado... Sei que a única coisa que desejas é ser amada como o teu pai te ensinou a amar. Queres um conselho?
Afasta-te das pessoas más, que te magoam e te fazem sofrer. Não te merecem. Sabes,todos nós erramos algumas vezes, porque faz parte da nossa condição de Humanos. Mas o caminho é mesmo esse que tu tão bem descreves no teu texto (lindo, como sempre). Também estou aqui para te dar colo.
Bj azul