Hoje é a ti que escrevo, pai.
Carrego uma mão cheia de mágoas.
Abro a mão na tentativa de as soltar ao vento, mas não voam.
Não duvido que me pegas ao colo muitas vezes enquanto durmo e agradeço-te por isso.
Ensinaste-me a amar sem rédeas e aprendi.
Ensinaste-me a confiar nas pessoas e aprendi.
Não me ensinaste porém que as pessoas fazem doer muitas vezes. Aprendo com elas.
Também eu já fiz doer se calhar. Momentos em que não estive à tua altura.
Peço PERDÃO por cada mágoa que causei nesta carta aberta que te escrevo.
Quanto mais tento parecer-me contigo, mais me deixo magoar.
Não importa. Esse é o caminho. Ser cada dia melhor e viver cada vez mais como me ensinaste.
Pega-me hoje ao colo, pai.