
Sei que um dia serás meu, não me perguntes porquê, apenas sei...
E sei porque sinto o teu cheiro nas artérias que me irrigam os sentidos...
E sei porque ouço o teu toque entre os horários mudos dos dias...
Era longe quando te soube dentro de mim...
Em terras distantes comprei-te umas meias verdes e abracei-te até hoje...
Quando nasceste trazias a boca desenhada de teu avô e como ele quero ver-te sorrir sempre, ainda que por vezes não seja fácil sorrir...
Levo-te ao colo para o mundo dos adultos onde terei que te largar... devagar... a passos lentos... com todo o tempo do mundo...
Celebro contigo cada som, cada verso, cada cheiro, cor ou traço... de tanto te amar e mais ainda!
Obrigada, filho!