quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A última vez que falei contigo foi na terça-feira passada.
Estavas cheia de esperança e força. Disse-te que estava contente por ti.
Hoje não sei o que sinto.
Estou contente por teres parado de sofrer, mas triste por teres partido.
Porque a morte é uma dor horrível para os vivos.
E só me apetece dizer o que digo ao meu pai todos os dias: "TU NÃO ESTÁS MORTO COISA NENHUMA!"
Tentar arranjar força e sentido para tudo isto versus sentir na pele a dor intensa da perda, não é fácil.
Se por um lado, passar por todas estas perdas fez com que eu passasse a relativizar as coisas, por outro fez-me também seguramente mais fragilizada.
Passei a viver com o medo da perda. Não sei se aguentarei mais alguma.
Tento com muita força pensar que, do outro lado, outra vida recomeça.
E a ti, deixo a minha sentida homenagem, pela força, coragem e assombrosa Fé com que lutaste estes seis anos.
Venceste-o, Teresa, foste tu que o venceste.

1 comentário:

Anónimo disse...

aprendi que as pessoas "normais", por vezes se tornam heroicas.
fiquei a admirar-te para sempre querida teresa.