quarta-feira, 23 de julho de 2008



I'm in the middle of nowhere...

somewhere between something and something else...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

E agora tu...
Ninguém me avisou que ías chegar
e de repente acordar as manhãs...
Icem-se as velas
e façam-se as naus ao mar
que estou pronta para partir...
Doravante, na minha face,
o sal será o das ondas apenas...



E a vida torna-se para todos um tapete vermelho, qual passerelle... E desfilamos todos os dias... também nós, modelos quotidianos duma existência, ora pacífica ora feroz... uma fachada à vista e outra dentro de nós...

domingo, 20 de julho de 2008

A capacidade de entrega é uma qualidade que todas as pessoas têm mas nem todas conseguem usar. Conseguimos entregar-mo-nos de corpo e alma a um trabalho, a um projecto , a uma causa, mas não a uma pessoa. Entregamo-nos sem hesitar a algo, mas não a alguém... Se por um lado entendo, que a necessidade de nos protegermos da desilusão nos impeça, não entendo por outro, que o medo seja mais forte que tudo o resto.
Não entendo que coisas mereçam mais de nós do que pessoas...
Hei-de entregar-me sempre. A tudo o que amar. Ainda que a queda doa, justifica o vôo...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pai... este sítio onde à noite afogo a alma antes de dormir é o espaço que tenho para te falar, pois que não me ouves... a ti devo o amor, o real, o verdadeiro... o dos livros, dos filmes, acordado e a dormir... eras o "carro da gente" e isso queria dizer o colo, o colo que sempre senti a vida inteira... deixa-me dizer-te, ainda que não me oiças, que a marcha, "a não perder de vista", continua em teu nome... e que, para teu gáudio, tomei de novo o pulso da minha vida... sou os genes que me deixaste e para sempre "o riso depois da mágoa"... Obrigada, gargalhada azul...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Há pouco tempo alguém me falou do tempo... do tempo para aprender a saborear...
Aprendemos a conhecer cheiros, sabores, cores e momentos que nos dizem coisas...
Sei de um tempo em que tudo era paz. O relógio teimava em não passar. E eu ali...
Na curva de um tempo que se fez tarde... Hoje uso relógio. Não sei se gosto. Mas uso.
E os minutos avisam-me a cada compasso, do tempo que gasto e do tempo que ganho.
Às vezes, a contratempo, percebo que aquela hora não é a minha. Acerto o relógio ...
e calmamente, repouso na brisa da manhã seguinte à espera da minha hora...

segunda-feira, 14 de julho de 2008



Aprendi contigo que as palavras são inúteis... que posso até falar cheia de silêncios, mas com os olhos repletos de palavras que só tu e eu conhecemos... Fazes-me falta... Faz-me falta sentir que éramos perfeitamente imperfeitos mas genuinamente amados...

domingo, 13 de julho de 2008

E o pai da minha amiga de sempre viajou...
morreu depressa, demasiado depressa,
e eu fico com pena
de não conseguir trazer o passado
para sempre junto a mim...
Por ti era capaz de roubar uma orquestra...
havia de compôr uma sinfonia
jamais fazendo menos que o melhor possível...


Nada como um fim de tarde de Verão no meu restaurante favorito para o Estio... A brisa salgada a acarinhar as longas e deliciosas conversas... e o cheiro... o cheiro que nos embala para sítios longínquos e bons...

sábado, 12 de julho de 2008

Qual a parte do "Amo-te" que ainda não percebeste?...
Deus leva-nos o que nos é mais querido para que não o tomemos como certo.
Gosto de lanchar com as antigas alunas do Colégio de Odivelas. O tempo não parece pesar e tudo o que é importante é a data do lanche seguinte.
Quem dera aprender de uma vez que cada dia é uma benção... Não consigo imaginar ainda uma despedida do meu presente, mas sei que como filha tardia vou ter um dia que saber... Não quero!
Alguém que eu conheço desde sempre, vai embora...
Faz-me pensar nas pessoas que eu não consigo deixar ir...
As referências são tábuas de salvação
impossíveis de largar...
não tenho a coragem nem a força que é preciso,
Deus me livre e guarde dessa hora que não sei.

quarta-feira, 9 de julho de 2008



A cidade dos meus amigos é linda... Os dias não duram 24 horas nem as horas passam a correr quando nos encontramos... as feridas secam sem se saber como e a música dura... Sabemos, sem ser preciso dizer, aquelas coisas do sentir... e um abraço pode ser dado ou não, mas existe... Obrigada!

I'm back again to my needs...
Me, myself and I... that is the moment!

domingo, 6 de julho de 2008



Às vezes ficar em casa e deixar o outro partir pode ser a melhor das viagens...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Não sou militante da dor nem sua refém,
as coisas acontecem-me, simplesmente...
Nem sempre fui tristeza...
já fui riso e brilho aqui e além,
tal como fui lágrima e sombra, naturalmente...
O ácido cítrico que a ferida fere e queima
fará a cicatriz de quem sofre porque ama.

terça-feira, 1 de julho de 2008



Uma vez alguém me disse que as pessoas só nos fazem aquilo que deixarmos. É verdade, mas também muito injusto. Porque se continuamos ali a deixar que nos magoem, é porque acreditamos que um dia vão parar. Que lição é suposto aprender? Que devemos perder a fé no Ser Humano?...